Mudou a regra do jogo? Quais os fatores que nos guiam em um mundo mais complexo e cheio de incertezas
Emir Redaelli, professor da UNISINOS/RS, foi o escolhido para provocar os participantes do último +Café & +Gestão de 2014 – evento mensal promovido pela ABRH-SP Metropolitana Oeste -, em busca das respostas que todo líder, futuro líder e RH procuram. Alguns dos dados trazidos foram inusitados.
Ele quebrou o roteiro esperado ao colocar a autoconsciência como o pilar para tomar as decisões e obter valor. “Se uma pessoa não filtra suas emoções e não domina a si mesma, não consegue dominar suas atividades profissionais”.
Estudos apresentados pelo palestrante também demonstram que, em todo processo decisório, aumentar o conhecimento acalma o ser humano porque os padrões mentais influem diretamente na visão de mundo e, por consequência, nas escolhas.
Esse aspecto que, a princípio, parece de caráter pessoal, tem uma parcela de participação ativa da empresa – que precisa investir, planejar e acreditar.
Aliás, Redaelli foi ainda mais longe ao concluir que o fator limitante do crescimento de uma organização é a fronteira construída pela soma do conhecimento dos homens que a compõem. E que o segredo da vitória é extrair e aplicar ao máximo os conhecimentos existentes.
Como? É fundamental pegar a experiência de cada pessoa, transformá-la em modelos de conhecimento e replicar esses modelos para expandir os resultados. O conhecimento não compartilhado compromete a projeção de crescimento e a evolução da empresa ao longo dos anos!
No entanto, Redaelli apontou um grande obstáculo para modelagem estratégica de negócios: “o problema é que os maiores especialistas em estratégia são as gavetas, já que grande parte dos planejamentos ficam guardados nelas!”
Pensa que ele foi mal recebido? Não! Na conversa, houve até quem levantasse dados complementares de pesquisas: nas empresas do mundo todo, de 70 a 90% das iniciativas estratégicas fracassam; e apenas 3% da população economicamente ativa do Brasil faz planejamento.
Redaelli diagnostica o porquê: “a dificuldade de implementação de estratégias vem quando as pessoas não compreendem por que estão fazendo aquilo!”
Sérgio Tadeu Ribeiro, Diretor-presidente da FGV/Strong, parceira do evento, elogiou a visão do professor: “O Emir tem o poder de simplificar o complexo!”
Fonte: Correio Popular de 5 de dezembro de 2014
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