Estamos experimentando uma nova revolução tecnológica e industrial. Muitas empresas e indústrias globais já começaram a sentir os efeitos desta revolução e se preparam para essa nova realidade de gestão e formas de consumo.

Segundo o estudioso de tendências, estrategista de inovação da Singularity University do Vale do Silício na Califórnia, EUA, o americano Rudy de Waele e autor do livro “shift 2020 – How Technology Will Impact Our Future”, todas as principais tendências e mudanças do mercado já foram implementadas ou estarão em uso até o ano de 2020.

Segundo Waele, as mudanças tecnológicas serão exponenciais em praticamente todos os segmentos de negócios, dentre elas as áreas de Entretenimento, Serviços, Saúde, Logística, Varejo, Energia, Agricultura, Indústria, Automação, Mercado de Capitais, Biotecnologia e Farmacêuticos.

Mas o grande diferencial destas novas tecnologias e tendência será a utilização de análise de dados. É a partir desta análise, que as empresas irão definir suas áreas de atuação, lucratividade, criação de novos produtos e até prever demandas e comportamentos do consumidor.

As facilidades digitais, tais como apps e serviços de compras online, geraram um fenômeno denominado “Economia compartilhada”. No qual as pessoas passaram a dar mais valor às suas experiências de consumo e se propõem a pagar pelo valor de uso dos itens, conforme a sua necessidade. AirBnB, Uber, iFood, Nubank, Netflix, Amazon, Yellow, etc.

Na indústria 4.0 a tendência é a utilização de dados e tecnologia para gerenciar a produção dos fornecedores em tempo real, assim como a prototipagem de produtos em 3D, além da otimização e automação de grande parte das atividades operacionais.

No segmento da Educação, o aprendizado se tornará cada vez mais personalizado, dinâmico e interativo, com ensino misto entre o presencial e EAD com aprendizagem continuada, conforme a necessidade de cada profissional. Mas diante de todas estas mudanças e tecnologias, o grande diferencial serão as pessoas. Para que as empresas possam implementar suas estratégias será preciso um time e gestores cada vez mais engajados e atualizados com as novas tecnologias e dispostos a liderar essa mudança cultural nas empresas, com novas habilidades e resiliência para um ambiente de constante mudanças.

“O fit cultural e protagonismo humano será um dos pontos primordiais para a adaptação a esse novo conceito de mercado. As relações de trabalho se tornaram mais fluídas e colaborativas, com a valorização do trabalho remoto flexível, além de perfis profissionais cada vez mais multifuncionais e adaptáveis às mudanças.”

A transformação digital é uma questão complexa, mas exige mais do que Tecnologia. É um desafio tecnológico, mas antes de tudo humano. A falta de uma cultura interna de inovação pode ser o grande entrave para a transformação digital nas empresas e a mudança deve começar pelo mindset das pessoas.


Hellen Elias – jornalista, especialista em Marketing, Comunicação e Employer Branding, pós-graduada em Administração de Marketing e MBA Comércio Exterior – Internacionalização de Empresas e Digital Marketing Strategy online course BerckleyX University