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ABRH-SP divulga os dados da pesquisa ‘O Cenário do RH no Brasil’, realização da ABRH Brasil e Umanni

A ABRH-SP divulga os resultados da pesquisa “O Cenário do RH no Brasil”. Em terceira edição, o levantamento realizado em 2023 pela ABRH Brasil, em conjunto com a Umanni, empresa especializada em tecnologia e gestão de desempenho, oferece um panorama do Recursos Humanos no País, incluindo a importância do setor no contexto empresarial, as transformações a partir da pandemia, os principais avanços relacionados à tecnologia e automação, além de planejamento e estratégias, entre outros aspectos. O relatório contribui também com uma abordagem sobre os desafios enfrentados pelos profissionais da área.

A pesquisa “O Cenário do RH no Brasil” ouviu 898 profissionais, dos quais 46,25% ocupam cargos de liderança como gerente, supervisor, diretor, vice-presidente e presidente; 44,4% são assistentes ou analistas. Entre as companhias pesquisadas, 40,6% empregam entre 101 e 1.000 funcionários; 28,2%, até 100; 24%, entre 1.001 e 10 mil, e 5,4%, mais de 10 mil colaboradores. Em 63,9%, a área de RH conta com 10 funcionários, no máximo. Times maiores, acima de 200 profissionais, estão em apenas 2,7% das empresas, que em sua maioria possuem mais de 10 mil colaboradores. O segmento predominante é o de Serviços (16,5%), seguido por Manufatura (12,8%), Tecnologia e Telecomunicações (11,3%) e Varejo (9,2%).

Presidente do Conselho da ABRH-SP, diretora da ABRH Digital e CEO da Umanni, Eliane Maria Aere destaca na pesquisa atual a predominância da geração Y na área de Recursos Humanos, mesmo panorama apresentado na edição anterior do levantamento. Este indicativo, segundo ela, revela um desafio não somente para o RH, mas para todas as esferas das organizações. “É necessário reconhecer e valorizar a vasta experiência e o conhecimento que profissionais com mais de 60 anos podem oferecer”, afirma.

A principal transformação no setor de Recursos Humanos apontada pelo relatório, segundo Eliane Aere, é a tendência de retorno ao trabalho presencial e a redução do trabalho remoto. Na maioria das empresas participantes do levantamento, 49,6% segue o formato 100% presencial, enquanto 46,2% optam pelo regime híbrido. “O home office integral (4,2%) teve uma redução significativa, comparada à pesquisa anterior (23,9%)”, ressalta a diretora da ABRH Digital.

Sobre a rotatividade de colaboradores, o levantamento 2023 indica aumento considerável (de 0% a 10%) em empresas de até 5 mil funcionários. Em 2018, o turnover era de 0% a 5%. “Este pode ser um sintoma de preocupação e adaptabilidade”, diz Eliane. “Isso porque os custos associados ao treinamento e à integração de novos colaboradores tendem a ser mais altos e onerosos do que manter os funcionários existentes. É crucial compreender os diferentes públicos contratados para oferecer soluções adequadas, pois as perspectivas e necessidades das pessoas mudam com cada geração. Entender suas motivações é essencial para aprimorar seu desempenho e promover uma cultura organizacional mais sustentável”, pondera.

Poucas empresas, como apontado no levantamento, não têm a Performance do Negócio como preocupação central devido à ênfase dada a outros desafios. Segundo a pesquisa, os principais desafios incluem Cultura Organizacional (51%), Desenvolvimento de Liderança (49,6%), Automação dos Processos de RH (49,4%) e Desenvolvimento de Pessoas (28%). “Os dados sugerem que o RH ainda está predominantemente focado em questões relacionadas às pessoas, em detrimento das demandas do negócio em si. Para efetivamente contribuir para o sucesso da organização, o setor precisa reconhecer e ocupar seu papel estratégico, integrando suas atividades com os objetivos e desafios do negócio de forma mais proativa e alinhada”, afirma.

Embora tenha avançado nos últimos anos, com 59,5% das empresas empenhadas em ações de diversidade e inclusão, o tema é um desafio para quase 20% da população pesquisada no relatório. Segundo Eliane Aere, “para progredir efetivamente nesse tema, é fundamental que o RH assuma um papel proativo”, propondo políticas, programas, treinamentos e desenvolvimento de lideranças que acelerem o processo de inclusão e diversidade. “Essas iniciativas devem ser cuidadosamente planejadas e implementadas, garantindo que a diversidade seja valorizada e que todas as pessoas na organização se sintam incluídas e respeitadas”, reforça.

Outro ponto abordado na pesquisa, o cumprimento de cota para pessoas com deficiência, definido pela Lei nº 8.213/1991, 31,7% dos entrevistados responderam que as empresas conseguem cumprir totalmente a cota; 27,7% disseram que cumprem de modo parcial e 19,4% não cumprem a cota. Para a diretora da ABRH, a promoção de um processo de conscientização e letramento sobre as obrigações legais e as melhores práticas para garantir a inclusão efetiva de pessoas com deficiência no ambiente de trabalho é fundamental. “Isso implica não apenas compreender os requisitos da lei, mas também desenvolver estratégias eficazes para recrutar, capacitar e apoiar os colaboradores com deficiência, proporcionando um ambiente de trabalho inclusivo e acessível.”

A jornada de 4 dias, tema que vem permeando discussões trabalhistas em todo o mundo, também foi abordada na pesquisa. A maioria das empresas participantes do relatório (92,8%) mantém a jornada de 5 dias semanais de trabalho. Apenas 7,2% opta por 4 dias. “A jornada de 4 dias, em minha opinião, ainda parece distante de se tornar uma realidade, pelo menos aqui no Brasil”, diz Eliane. “Isso se deve não apenas aos processos internos das empresas, mas também às complexidades envolvidas com fornecedores e outros terceiros. Essa transição exigiria uma mudança significativa na cultura organizacional e na legislação trabalhista, além de possíveis ajustes nas relações com parceiros externos. Embora seja uma ideia atraente para muitos, implementá-la de forma eficaz exigiria um planejamento cuidadoso e uma abordagem progressiva”, completa.

O desenvolvimento de liderança permanece como uma das principais preocupações dos respondentes da pesquisa. No relatório anterior, o desafio era considerado por 58,7%. Atualmente, é mencionado por 49,6% dos participantes. “As mudanças nas atividades e carreiras das pessoas ao longo do tempo exigem um esforço contínuo de treinamento e reciclagem e é preciso capacitar líderes e manter suas habilidades atualizadas. Treinar pessoas é e sempre será um grande desafio”, afirma.

Diante do panorama de transformações, a pesquisa “O Cenário do RH no Brasil” oferece insights inestimáveis para profissionais e organizações que buscam prosperar em um ambiente empresarial em constante evolução. “A mensagem final reforça a importância de permanecermos atento às tendências e desafios apresentados, sublinhando que a busca por soluções inovadoras e aprimoramentos contínuos são cruciais para o sucesso do setor de Recursos Humanos”, conclui Eliane Aere.

Para acessar o relatório “O Cenário do RH no Brasil” clique AQUI.

Fonte: Assessoria de Comunicação ABRH-SP (01 de abril de 2024).

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