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Já ouviu falar em Segurança Psicológica e sua relação com Comunicação Consciente?

 

A Comunicação Consciente possibilita que pessoas saibam expressar opiniões que agreguem ao trabalho de outra pessoa, ao mesmo tempo em que promove a habilidade de ouvir feedbacks sobre as próprias ações. Essa dinâmica favorece um desenvolvimento mútuo entre profissionais e empresa, podendo apoiar fortemente o desenvolvimento de times com Segurança Psicológica (SP).

Ainda que seja um assunto bastante discutido nos últimos tempos, pesquisas sobre esse SP remontam à década de 90, quando a pesquisadora Amy Edmondson iniciou seus estudos sobre equipes médicas coesas e seus erros, resultando na elaboração de um artigo científico. Amy observou que, embora grupos coesos não cometam necessariamente mais erros, eles se sentem à vontade para discutir abertamente sobre eles. Foi nesse contexto que o termo "Segurança Psicológica" (Psychological Safety em inglês) foi introduzido, tornando-se objeto de estudo de outros pesquisadores e propagado nas empresas atualmente.

Por definição, Segurança Psicológica é a percepção de um time que eles podem assumir riscos interpessoais, ou seja, nas relações uns com os outros, pois há segurança para isso. Culmina na geração e desenvolvimento de um time de trabalho ancorado na sinceridade e honestidade, promovendo a colaboração e a receptividade. Essa atmosfera estimula as pessoas a serem elas mesmas, seja ao compartilhar ideias, dúvidas ou perspectivas, e até mesmo dividir seus erros, dizer que não sabe ou pedir ajuda, tudo isso sem receio de exposição ou julgamento. No contexto organizacional, essas características são essenciais para que uma equipe alcance alta performance e promova inovação. Apenas nessa definição, é capaz de identificar o quanto a forma como os times se comunicam será a base da construção da SP.

A Segurança Psicológica pode ser categorizada em quatro estágios:

  • Segurança em Pertencer: aceita pessoas como são, valorizando a diversidade de experiências, perfis e personalidades;
  • Segurança em Aprender: estimula perguntas, experimentação, espaço para erros e reflexões;
  • Segurança em Contribuir: cria uma rede onde as habilidades de todos são usadas para aprimorar processos e crescimento o negócio;
  • Segurança em Desafiar: questionamento de processos antigos em busca de eficiência, com liberdade para sugerir mudanças, resultando em inovação.

É possível imaginar tais estágios sem uma comunicação de qualidade entre os membros de uma equipe? Quando as conversas do time são abertas e francas, todos crescem. 

Olhando pelo aspecto da saúde e bem-estar, a comunicação consciente relacionada à SP também pode ser um diferencial, onde ao melhorar a comunicação e trazer mais consciência nos diálogos, pode favorecer ambientes mais saudáveis. 

Uma pesquisa da Worhuman nos EUA, envolvendo mais de 3.000 pessoas, constatou que 48% dos profissionais já experienciaram sintomas de burnout, 61% enfrentaram altos níveis de estresse e 32% já se sentiram sozinhos no ambiente corporativo. Por outro lado, a Gallup demonstrou que a criação de um ambiente emocionalmente seguro e confortável pode reduzir em 27% o turnover e aumentar a produtividade em 12%, indicadores relevantes na área de Recursos Humanos. 

Apesar desses benefícios comprovados, implementar um ambiente com Segurança Psicológica é desafiador. Para que haja sucesso, líderes e colaboradores devem estar alinhados construindo uma comunicação que proporcione compreensão das diferenças, proximidade para entendimento mútuo, abertura para conversas difíceis, escuta para contemplar todos. Inclui ainda compartilhar feedbacks e reconhecer os próprios erros, ou seja, um ambiente de abertura e assertividade.

Paralelamente, pesquisas de clima, assessments de SP específicos e o monitoramento contínuo possibilitam entender como os colaboradores se sentem em relação ao time, isto é, se estão confortáveis na interação, se percebem que suas habilidades são consideradas e se têm liberdade para sugerir mudanças. Essas informações apoiam a definição de diretrizes para uma convivência saudável, fundamentada na abertura e transparência de todos, elementos importantes para o crescimento profissional, ajustes de ações e melhores resultados organizacionais.

Trabalhando de maneira participativa e colaborativa, há um impacto positivo na felicidade e no comprometimento dos profissionais com suas atividades diárias. Nesse contexto, a responsabilidade pelo sucesso é compartilhada por todos. 

 Artigo escrito por Natalia Marques Antunes, Sandra Mendonça, Sue Hellen Rufino Sobocisnki, participantes do "Comunicação Consciente" Grupo de estudos da ABRH-SP.

São Paulo, 20 de Maio de 2024

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