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ARTIGO: Será que vale a pena trocar tanto de emprego

Hoje li um artigo que tratava desse assunto. Um profissional da área de Psicologia comentava que o fato de uma pessoa trocar muitas vezes de emprego acabava sendo malvisto pela empresa eventualmente interessada em contratá-la. Comentava o exemplo de uma pessoa que, em 10 anos de carreira, havia trocado oito vezes de emprego. 

A alegação de ser malvisto tem como fundamento a demonstração de falta de compromisso e engajamento com a organização. Citava também que alguns profissionais já estavam tendo problemas para encontrar um novo emprego, à medida que apresentavam um currículo com muitas mudanças de empresa.

Tal instabilidade apresentada por alguns desperta preocupação nas empresas na hora de contratar, pois não sabem se aquele profissional irá ficar por algum tempo, contribuindo, entendendo o negócio, etc. 

Logo após esse artigo, havia várias manifestações de pessoas alegando que o mesmo era pura “manipulação” e só representava os interesses das empresas. Outros diziam que a geração Y é assim mesmo, eles não querem esperar para crescer, são mais imediatistas. Outros criticavam os RHs que só representavam os interesses das empresas e eram muito mal preparados, e por aí afora. Não vi nenhuma manifestação positiva defendendo o que o artigo comentava a respeito da instabilidade nos dias de hoje com relação ao emprego. 

Quem será que tem razão? O artigo que, ao meu entender, tentava alertar as pessoas para o fato de que mudar tanto de emprego pode ser prejudicial na busca de uma nova oportunidade ou as pessoas que acreditam que a única forma de progredir profissionalmente e financeiramente é trocar de emprego com frequência? 

Quando comecei a trabalhar, meu chefe sinalizava que, se eu não fizesse nenhuma bobagem e tivesse um bom desempenho, teria uma carreira longa na empresa. Em outras palavras, a companhia cuidaria da minha carreira, claro, desde que eu demonstrasse competência, lealdade e bom desempenho.

Havia também uma teoria que defendia que as pessoas precisavam ficar no mínimo três anos numa determinada função para terem tempo de aprender com os acertos e erros que cometiam. Esses três anos eram considerados o ciclo necessário de aprendizagem. Se alguém saísse antes disso, perderia parte desse ciclo e, por consequência, parte do seu aprendizado.

Como na vida sempre há o movimento pendular, hoje vivemos o oposto daquela época. Não é mais necessário ter um ciclo tão longo, se é que três anos podem ser considerados longos, e ficar na mesma função mais do que um a dois anos é perder tempo e regredir profissionalmente. Foi criado um novo paradigma: ficar na mesma empresa por algum tempo é prejudicial à carreira. Mostra que a pessoa está estagnada ou é incompetente. 

Sou cético quanto ao “efeito manada” criado pela sociedade nos mais diversos campos da nossa vida. Esta tem sido a maior dificuldade para os economistas entenderem certos movimentos econômicos, que são mais de ordem psicológica do que lógica ou racional. Em gestão de pessoas isso também tem de ser avaliado cuidadosamente. Nem sempre esses conceitos propalados por muita gente são verdadeiros e podem ser muito falaciosos. Todo cuidado é pouco. 

Uma pessoa que está tendo uma carreira brilhante e ascendente numa empresa não vai concordar com o conceito de que mudar de emprego toda hora é a melhor forma de progredir profissionalmente. É certo que o mundo mudou, as coisas são mais velozes, mas temos de tomar cuidado para não confundir velocidade com pressa nem tão pouco  “modernidade” com “eternidade”. Existem tecnologias que nos dão muita velocidade e produtividade nos dias de hoje, mas não podemos confundir isso com os valores, comportamentos e aprendizados que são permanentes e fazem parte do nosso mundo civilizatório. 

As pessoas buscam, sim, crescimento contínuo nas suas carreiras, desenvolvimento profissional e pessoal, o que é muito salutar, mas as empresas também querem profissionais que tenham compromisso em ajudá-las nos seus desafios de negócios. Quando há esse alinhamento certamente haverá de ser um processo de ganha-ganha para os dois lados, e quem ganha é a sociedade como um todo. Pessoas bem preparadas e empresas bem- sucedidas… É o que todos desejamos.

Página do Estado 09 de Setembro de 2012

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Estudantes podem se associar gratuitamente à ABRH-SP

Uma nova iniciativa da ABRH-SP começou a ser praticada: estudantes de graduação de até 25 anos já podem se associar gratuitamente pelo período de um ano na entidade.

“Participar de atividades com profissionais já atuantes, conhecer a realidade do mercado e a verdadeira prática do RH representa, sem dúvida, um diferencial na vida de qualquer estudante, por isso acreditamos que fazer parte da Associação é um passo importante na formação deles”, afirma Wagner Brunini, presidente da ABRH-SP. “Por outro lado, a entidade também ganha muito com os jovens. Queremos cada vez mais integração e conectividade com as novas gerações.”

Juntamente com a rede social People – O RH Conectado, criada pela ABRH-SP em abril, a gratuidade para os estudantes faz parte de ações para aproximar cada vez mais os profissionais que atuam na área de gestão de pessoas, em todo o Estado, da entidade, além de renová-la.

Mais informações: (11) 5505-0545

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Estudantes podem se associar gratuitamente à ABRH-SP

Uma nova iniciativa da ABRH-SP começou a ser praticada: estudantes de graduação já podem se associar gratuitamente pelo período de um ano na entidade.

“Participar de atividades com profissionais já atuantes, conhecer a realidade do mercado e a verdadeira prática do RH representa, sem dúvida, um diferencial na vida de qualquer estudante, por isso acreditamos que fazer parte da Associação é um passo importante na formação deles”, afirma Wagner Brunini, presidente da ABRH-SP. “Por outro lado, a entidade também ganha muito com os jovens. Queremos cada vez mais integração e conectividade com as novas gerações.”

Juntamente com a rede social People – O RH Conectado, criada pela ABRH-SP em abril, a gratuidade para os estudantes faz parte de ações para aproximar cada vez mais os profissionais que atuam na área de gestão de pessoas, em todo o Estado, da entidade, além de renová-la.

Mais informações: (11) 5505-0545

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FGTS libera 5 bilhões para infraestrutura

O Conselho Curador do FGTS aprovou na última terça a liberação de R$ 5 bilhões para o Fundo de Investimento do FGTS, o FI-FGTS. Além do recurso novo, foi aprovada também a realocação de R$ 4,4 bilhões dos recursos já aplicados e que retornaram ao Fundo. Até julho, o FI-FGTS investiu R$ 19,4 bilhões em obras de infraestrutura, como portos, rodovias, energia e ferrovia.

De acordo com a Caixa, que administra o FI-FGTS, o valor já liberado até o momento não supera o teto permitido de 80% do patrimônio líquido e não compromete a rentabilidade prevista para as aplicações, uma vez que a rentabilidade supera os 6% ao ano.

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TEMAS EM DEBATE: Terceirização e trabalho temporário: modernização em pauta

Vander Morales, presidente do Sindeprestem, sindicato que reúne empresas de trabalho temporário e serviços terceirizáveis, esteve na ABRH-SP na última quinta. Ele apresentou questões sobre essas modalidades de trabalho que geram emprego, renda e movem a economia, mas ainda requerem grande esforço da sociedade para serem modernizadas e melhor regulamentadas a fim de cumprirem plenamente seus papéis no país de hoje.

Segundo Morales, as principais metas para atualização e regulamentação do setor passam obrigatoriamente pela atualização da lei 6.019/74, que rege o trabalho temporário. “Nos moldes que propomos, haveria a inclusão de cerca de 580 mil jovens de 18 a 25 anos em situação de primeiro emprego, 480 mil trabalhadores acima dos 40 anos, que voltariam a desenvolver algum tipo de atividade com vínculo formal, e a prestação de serviços temporários para o setor agrícola. Pelo menos este ano estão tramitando dois projetos de lei e um de medida provisória que abordam a situação dos jovens e o temporário no meio rural”, disse.

Sobre a terceirização, Morales destacou que a regulamentação geraria 3,5 milhões de postos de trabalho com carteira assinada, contribuindo para acabar com a informalidade e injetar cerca de R$ 7,8 bilhões mensais na economia. “Tanto o trabalho temporário quanto a terceirização vieram para ficar. No sistema produtivo há lugar para vários tipos de contratos, não só para o clássico contrato bilateral de trabalho”, afirmou Morales.

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INSTITUCIONAL: Estudantes podem se associar gratuitamente à ABRH-SP

Uma nova iniciativa da ABRH-SP começou a ser praticada: estudantes de graduação de até 25 anos já podem se associar gratuitamente pelo período de um ano na entidade.

“Participar de atividades com profissionais já atuantes, conhecer a realidade do mercado e a verdadeira prática do RH representa, sem dúvida, um diferencial na vida de qualquer estudante, por isso acreditamos que fazer parte da Associação é um passo importante na formação deles”, afirma Wagner Brunini, presidente da ABRH-SP. “Por outro lado, a entidade também ganha muito com os jovens. Queremos cada vez mais integração e conectividade com as novas gerações.”

Juntamente com a rede social People – O RH Conectado, criada pela ABRH-SP em abril, a gratuidade para os estudantes faz parte de ações para aproximar cada vez mais os profissionais que atuam na área de gestão de pessoas, em todo o Estado, da entidade, além de renová-la.

Mais informações: (11) 5505-0545

 

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ARTIGO: Sobre os aumentos tributários indesejados do Pronatec

Por trás da ingênua iniciativa de promover o lançamento de um pretensioso programa de formação de mão de obra, denominado Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), o governo fez editar a lei 12.513/2011, que esconde mudanças significativas e danosas às iniciativas privadas de qualificar e aperfeiçoar a formação de seus empregados. Tais mudanças ocultam aumentos de carga tributária e impõem limitações prejudiciais ao momento especial pela qual passam as empresas, na busca e formação de seus recursos humanos.

 

Como regra geral, assim já fartamente reconhecido pelos nossos Tribunais Superiores, em especial o Supremo Tribunal de Justiça (STJ), os valores despendidos com o auxílio-educação não compunham a base de cálculo da contribuição previdenciária, ou seja, não se destinavam a calcular e apurar o salário-contribuição para fins da contribuição patronal (20%), RAT (antigo SAT), nem para as chamadas contribuições a terceiros (Sebrae, Sesc, Senai, entre outros).

 

No entanto, com a publicação da lei 12.513/2011, o Fisco Federal limitou a “dedução” desses valores ao estipular um teto para a não incidência das referidas contribuições. Através de mudança embutida na lei, em seu artigo 15, foi alterado o artigo 28 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, que trata do custeio da Previdência Social, que passou a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 28. Entende-se por salário-de-contribuição:

§ 9o. Não integram o salário-de-contribuição para os fins desta lei, exclusivamente:

 

t) o valor relativo a plano educacional, ou bolsa de estudo, que vise à educação básica de empregados e seus dependentes e, desde que vinculada às atividades desenvolvidas pela empresa, à educação profissional e tecnológica de empregados, nos termos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e:

 

1. não seja utilizado em substituição de parcela salarial; e

2. o valor mensal do plano educacional ou bolsa de estudo, considerado individualmente, não ultrapasse 5% (cinco por cento) da remuneração do segurado a que se destina ou o valor correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que for maior;”

 

De acordo com a nova legislação, não comporá o salário-contribuição (vale dizer, aquele usado para cálculo do INSS), para fins das contribuições acima identificadas, apenas o valor relativo ao auxílio-educação, considerado individualmente, que seja:

 

  • de até 5% da remuneração do empregado; ou
  • correspondente a uma vez e meia o valor do limite mínimo mensal do salário-de-contribuição, o que perfaz atualmente a quantia de R$ 933,00, considerando o atual salário mínimo em vigor.

 

As empresas podem adotar o critério que quantitativamente for maior. Assim, se o auxílio educação mensal for de até 5% do valor da remuneração do empregado ou não ultrapasse R$ 933,00 (dependendo do critério adotado), não haverá incidência das contribuições mencionadas. Caso contrário, se o valor do auxílio exceder a esse limite, o excedente deverá ser incluído na base de cálculo das contribuições em questão.

 

 

Vale dizer, até a edição da mencionada lei, esta limitação não existia, o que possibilitava à empresa investir em formação, qualificação ou aperfeiçoamento de seus empregados, não importando quanto fosse o valor individualmente considerado.

 

A limitação ora imposta, além de não encontrar apoio na jurisprudência de nossos Tribunais, certamente provocará desestímulo às empresas em investir na capacitação profissional de seus empregados.

 

 

O STJ já possui entendimento uniforme de que os valores incorridos para cursos técnicos, profissionalizantes ou de pós-graduação não podem ser considerados salário in natura; por conseguinte, não há natureza remuneratória na concessão dessa verba, haja vista que se trata de uma verba disponibilizada ao empregado para o trabalho e não pelo trabalho.

 

Sob nossa ótica, a imposição de um valor máximo para a não incidência das contribuições não descaracteriza a natureza jurídica do auxílio-educação, razão pela qual há de se entender pela ilegalidade da medida. Vale ressaltar, este pagamento não consiste juridicamente na remuneração do empregado e, portanto, não poderia ser utilizado como base de cálculo para a incidência das contribuições ao INSS (aqui incluído o antigo SAT) e a de terceiros.

 

Por todo o exposto, achamos que o governo novamente se utiliza de uma medida que seria bem-vinda aos empregados e aos empresários, mas que desvirtua sua iniciativa com a inclusão imprópria e inoportuna de limitação a valores, que só farão desestimular as empresas que mais poderiam valer-se da iniciativa ante a inoperância governamental nesse segmento.

 

Wolnei Tadeu Ferreira é diretor Jurídico da ABRH-Nacional e integrante do Corhale

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Portas abertas para mais de 30 mil estrangeiros

De janeiro a junho, 32.913 profissionais (entre temporários e permanentes) estrangeiros obtiveram permissão para trabalhar no Brasil, segundo dados da Coordenação Geral de Imigração (CGig) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Das autorizações concedidas nos seis primeiros meses do ano, 29.065 são temporárias e 3.848 permanentes. No mesmo período de 2011, foram 26.545 concessões.

O trabalho a bordo de embarcação ou plataforma estrangeira continua absorvendo a maioria dos estrangeiros, com 8.257 profissionais autorizados a trabalhar temporariamente no Brasil. Entre os países, profissionais dos Estados Unidos são os mais requisitados, com 4.539 autorizações; seguidos pelas Filipinas, 2.299; e Reino Unido, 2.036.

TEMAS EM DEBATE: Debate sobre trabalho temporário e serviços terceirizáveis

Presidente do Sindeprestem, sindicato que reúne as empresas de trabalho temporário e serviços terceirizáveis, Vander Morales apresenta nesta quinta, das 14 às 17 horas, na sede da ABRH-SP, a palestra Trabalho Temporário e Serviços Terceirizáveis – Emprego e renda que movem a economia.

A proposta do evento é discutir as principais metas para atualização e regulamentação desse setor e abordar as polêmicas que envolvem a prática da terceirização no país.

Inscrições: (11) 5505-0545 ou [email protected]

INDICADORES 26/08/2012

  • O mercado de previdência privada aberta fechou o primeiro semestre de 2012 com arrecadação de R$ 33 bilhões, apresentando crescimento de 32% em relação aos R$ 24,9 bilhões acumulados nos seis primeiros meses de 2011. Os dados são da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida).
  • O VGBL, que se popularizou por ser indicado ao investidor que não declara Imposto de Renda pelo modelo completo, é o produto com maior participação na arrecadação. Acumulou, no primeiro semestre, R$ 28 bilhões e obteve alta de 38,24% em relação aos R$ 20,3 bilhões registrados no mesmo período do ano passado.
  • Já o PGBL, produto de previdência adequado para quem faz a declaração completa do Imposto de Renda, pois permite deduzir as contribuições do imposto a ser pago à Receita Federal, totalizou contribuições de R$ 3,2 bilhões no período, alta de 8,50%.
  • Na análise semestral por segmento, os planos individuais obtiveram o maior crescimento relativo no mês. Os novos aportes na modalidade registraram R$ 28,6 bilhões, alta de 36,33% em comparação aos R$ 20,9 bilhões do mesmo período do ano anterior. Já a arrecadação dos planos empresariais cresceu 8,84% e acumulou R$ 3,4 bilhões no período.
  • Os planos para menores, por sua vez, foram a segunda modalidade com maior desempenho relativo, fechando o mês com R$ 960,2 milhões e expansão de 19,21%.

Espaço da Fênix: Top of Mind Estadão de RH entra no último mês de votação

No próximo dia 21 de setembro será encerrada a votação do prêmio Top of Mind Estadão de RH. Organizado pela Fênix Editora, em parceria com o jornal O Estado de S. Paulo, o Oscar do RH completa 15 anos e reserva grandes surpresas para o mercado de Recursos Humanos.

Além de reconhecer os profissionais, o prêmio também busca valorizar toda a cadeia de pessoas que torna a área cada vez melhor: todas as empresas e profissionais prestadores de serviços e empresas com as melhores práticas em RH.

O Top of Mind Estadão de RH está posicionado como o maior da América Latina – ao todo são 165 indicados nas 33 categorias existentes. O grande diferencial fica por conta dos vencedores serem escolhidos pelo público da área, que tem até o dia 21 de setembro para indicar os seus eleitos.

Os vencedores serão conhecidos no dia 18 de outubro, em uma comemoração realizada no HSBC Brasil. Os ingressos já estão à venda e podem ser adquiridos pelo telefone (11) 5585-9400.

Para o mercado patrocinador, o aquecimento para a 16ª edição já está chegando. Nesta quinta, 30 de agosto, acontece o almoço dos patrocinadores, que marcará o início das vendas das Cotas de Patrocínio para a edição 2013. A renovação de cotas será priorizada até 30 de setembro, quando as vendas serão abertas ao mercado.

CONVERSA SOBRE RH: Investimento nas pessoas

Desde que o CEO da Chubb Seguros, Acacio Queiroz, assumiu a filial brasileira há sete anos, a companhia cresceu 400% e tem tido uma recorrente evolução no ranking da Superintendência de Seguros Privados (Susep). Formado em Economia, com especialização em finanças pela Florida International University, Queiroz, que acumula uma experiência de cerca de 40 anos na área de seguros, tem demonstrado um especial interesse pela gestão de pessoas. Ele já ministrou palestras sobre Conflitos de Gerações, Liderança e Motivação em universidades, associações, federações e na Conferência Latino-Americana Great Place to Work. Recentemente, também participou do Fórum dos Presidentes, evento que abre a programação do CONARH, para discutir a competitividade das empresas brasileiras. Nesta entrevista, ele fala sobre a gestão de pessoas na Chubb e suas expectativas em relação ao crescimento do país.

GP – O sr. participou do Fórum dos Presidentes, promovido pela ABRH-Nacional. O que achou do evento?

AQ – Participo de diversos eventos da área de RH pelo Brasil e posso garantir que o Fórum dos Presidentes é diferenciado, pois fornece posicionamentos para o CONARH e para os próprios presidentes. Desta vez participaram quase 100 presidentes, que foram divididos em mesas para discutir temas relacionados à competitividade. Fiz parte de um debate produtivo sobre a relação entre capital intelectual e competitividade.

GP – Por falar nisso, o que falta para que as empresas brasileiras sejam mais competitivas e inovadoras?

AQ – Temos um problema básico que atrapalha a competitividade do país: a educação, que é sofrível. O Brasil aparece em 54º em um ranking internacional de educação e apresentamos altos índices de analfabetismo funcional. Além disso, precisamos considerar o chamado custo Brasil: impostos em excesso, burocracia (levam-se três meses para abrir uma empresa), alto custo de logística, leis trabalhistas travadas e falta de incentivo à inovação e à criatividade. Nesse caso, até sugiro uma espécie de Lei Rouanet (que possibilita as empresas e cidadãos aplicarem uma parte do Imposto de Renda devido em ações culturais) para incentivar a competitividade. À parte tudo isso, sou otimista. Temos de parar de chorar e partir para a luta. Mas cada um tem de cooperar e fazer a sua parte. A Chubb, por exemplo, investe muito na formação de seu pessoal.

GP – Como a empresa contribui para a formação dos seus funcionários?

AQ –Temos um programa de formação de executivos – o Chubb Business School – que proporciona estudos fora do país; programas específicos para o pessoal de vendas e negócios; para o desenvolvimento de lideranças; de incentivo à educação de idiomas; além de um importante programa de trainees. Tudo feito com base no alinhamento estratégico e medido para observar o desenvolvimento das pessoas. Temos ainda um trabalho de comunicação muito forte, com destaque para a Chubb TV, que conta com um estúdio próprio e profissional para a produção de programas transmitidos diariamente para os funcionários de todo o país.

GP – O que a Chubb tem feito para reter seus talentos?

AQ – Em primeiro lugar, é importante definir talento. Para mim, talento é a pessoa que entrega mais do que você esperava. A Chubb é uma empresa centenária, extremamente voltada para os colaboradores, e que durante muito tempo foi paternalista. Hoje, porém, com as mudanças constantes, as pessoas querem competitividade dentro da empresa. Como esse eixo mudou, a Chubb continua paternalista, mas espera que as pessoas cresçam apresentando resultados. Essa mudança de postura é fundamental para reter os talentos. Também é importante estar atento aos conflitos de gerações. Como líder, temos de entender que os tempos estão mudando e é necessário tirar o melhor de cada um. As novas gerações desejam ser desafiadas das 7h30 às 19h30 e é preciso dar isso a elas.

GP – Quais são suas expectativas em relação ao crescimento do país neste e nos próximos anos?

AQ – De certa forma, foi bom não continuarmos a crescer 7% ao ano porque o país não teria infraestrutura para suportar esse crescimento. Isso deve mudar com o pacote de infraestrutura apresentado recentemente pelo governo. Acho que teremos neste ano um crescimento em torno de 2% em função de um segundo semestre melhor – julho já apresentou os melhores indicadores dos últimos treze meses. O índice de confiança dos empresários, por exemplo, tem crescido, o nível de empregos está estabilizado e a demanda permanece aquecida, não tanto quanto nos anos anteriores, mas permanece. Creio que, em 2013, o país vai arrancar novamente, com um crescimento entre 3,5% e 4%. Sou mais otimista ainda em relação a 2014, 2015 e 2016 por causa dos grandes eventos esportivos que serão realizados, do pré-sal e dos investimentos em energias renováveis, que farão com que o país cresça de 4% a 5%.

 

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