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REGIONAIS: Grupos de Estudos em Ribeirão Preto

A Regional Ribeirão Preto abriu a temporada 2014 dos Grupos de Estudos. As inscrições devem ser feitas até 30 de junho. Podem participar associados da ABRH-SP, tanto Pessoa Física quanto Pessoa Jurídica, que estejam em dia com a anuidade.

Neste ano, os temas disponíveis são Coaching (facilitadora Milene Facio), Consultoria Interna em RH (facilitador Jair Lima Jr.) e Direito do Trabalho (facilitador Sylvio Rodrigues), com a coordenação de Cláudia Castro. Os encontros mensais serão realizados  na sede do CIEE – Centro de Integração Empresa-Escola (Rua Inácio Luiz Pinto, nº 388, Subsetor Sul 3). Os inscritos deverão ter pelo menos 60% de participação nas reuniões mensais para receber o certificado no final do ano.

Criados em 2007, os Grupos de Estudos são, atualmente, uma das principais atividades da ABRH-SP, sendo realizados tanto na sede, em São Paulo, como nas Regionais Baixada Santista, Bauru, Campinas, Metropolitana Oeste e na cidade de Jundiaí. Além de promover o networking entre os associados, os grupos têm como objetivo discutir os principais conceitos e tendências de assuntos relacionados à gestão de pessoas.

 

Mais informações: [email protected]


Fonte: O Estado de São Paulo – 15 de junho de 2014

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ARTIGO: Festival de culturas, agora, no Brasil

Já estamos na Copa e, com isso, temos a oportunidade única de conhecermos um pouco de diversas culturas diferentes da nossa, sem sair de casa. As pesquisas indicam que, quanto mais conhecemos outras culturas, mais nos tornamos flexíveis de um lado e sensíveis, de outro, a esse tema. Tal evolução acrescenta não somente conhecimento, mas também competência para lidar com todo tipo de interculturalidade, incluindo fusões e aquisições, multigerações, cultura nacional e cultura organizacional.

Aprender a lidar com uma cultura diferente da nossa começa pela tomada de consciência da minha própria cultura. Uma primeira reação típica é a de pensarmos que a “minha cultura” está certa e a do outro, errada. O primeiro passo para interagirmos adequadamente com outros, que são diferentes de nós, é respeitar sua cultura. Lembramos que respeitar não significa aceitar ou incorporar em seu mundo. Significa apenas que há uma razão para o comportamento do visitante e que você não fará força para mudá-lo.

Quando se compreende o contexto do visitante, também fica mais fácil entender a justificativa por trás de seu comportamento. Isso nos ajuda a compreender melhor as pessoas e, assim, a se incomodar menos com o comportamento diferente. Uns não comem carne de porco, para outros a vaca é sagrada, e não adianta o gaúcho insistir que seu churrasco é maravilhoso!

Chineses e indianos, que, mesmo não tendo países classificados para a Copa estiverem no Brasil para assistir aos jogos, vão se sentir em casa com o “jeitinho brasileiro”, mas os alemães e norte-americanos vão preferir seguir as leis e normas ao pé da letra. Furar fila, nem pensar! Alguns são muito mais individualistas que nós, e não gostam que os toquem, coisa comum no Brasil.

Os gregos preferem um tour bem planejado e organizado. Não saia com um grego sem destino! Os portugueses preferem frases claras e diretas, diferentemente de nós que gostamos e preferimos as sutilezas, as meias-palavras. Não estranhe se você estiver com um casal de finlandeses e eles parecerem que não estão gostando. Os finlandeses são sérios, o que não quer dizer que não estão apreciando. Já os holandeses são divertidos e gostam de aproveitar a vida, como nós. E, por fim, os ingleses são fanáticos por futebol e por apostas. Vão adorar participar de um bolão.

Quando demonstramos interesse genuíno pela cultura e o idioma de outras pessoas, conseguimos nos relacionar melhor e aprender um mundo novo, baseado em valores, que, por vezes, são muito diferentes do nosso. Para aproveitarmos plenamente essa riqueza de culturas devemos tentar não julgar, ou julgar menos, as pessoas com base em nossas próprias ideias e valores.

Em vez de querer impor seus valores, fique com o coração e a mente abertos para o novo e curta mais este aspecto da Copa no Brasil.

Obrigado, gracias, merci, thank you, danke, σας ευχαριστώ e 谢谢

 

Almiro dos Reis Neto é presidente da Franquality Consultoria em RH e presidente da ABRH-SP

Fonte: O Estado de São Paulo – 15 de junho de 2014

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Grupo de Saúde Corporativa realiza evento para associados com sucesso

Lançado em abril deste ano, o Grupo de Saúde Corporativa da ABRH-SP realizou, no dia 30 de maio, um evento exclusivo para os associados com o tema Inovação na Estratégia de Gestão da Saúde. Especialistas da área que integram o grupo discutiram questões como custos diretos e indiretos da saúde e legislação.

 

Iniciativa da diretoria comercial da ABRH-SP, o grupo tem como objetivos compartilhar conhecimentos em relação à melhor gestão dos custos da saúde e estimular a discussão e troca de informações com os profissionais de RH, saúde, finanças, jurídico, entre outros.

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 08 de junho de 2014

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EVENTO: RHs mais admirados do Brasil

No dia 2 de junho, a Gestão RH realizou a 9ª edição da premiação Os RHs Mais Admirados do Brasil, baseada na pesquisa que valoriza a atuação dos profissionais de Recursos Humanos das principais organizações do país.

 

Realizada em duas etapas, a pesquisa elege os 10 Mais Admirados, os Destaques Estaduais e Destaques Regionais, a Empresa Mais Admirada pelos RHs, além do RH do Ano nas categorias masculino e feminino.

 

Nesta edição, a empresa mais admirada foi a BASF. Já os RHs do Ano foram Alessandra Ginante, vice-presidente de Recursos Humanos da Avon, e Raimundo Ramos, gerente executivo de Recursos Humanos da Volkswagen do Brasil.

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 08 de junho de 2014

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REGIONAIS: Encontro de RH de Campinas comemora 20ª edição

Com o apoio da Regional Campinas da ABRH-SP, o Gruca (Grupo Campinas de RH) promove a vigésima edição do Encontro Regional de Recursos Humanos, no dia 25 de junho, a partir das 8h30, no Via Áppia Eventos. Com o tema Liderança de A a Z, o encontro deve reunir aproximadamente 500 pessoas. As inscrições são limitadas.

 

Uma programação eclética, dinâmica e com nomes de peso foi criada para comemorar os 20 anos do evento. Entre os palestrantes, destaque para Andor Stern, único brasileiro sobrevivente do campo de concentração de Auschwitz, que vai falar sobre o tema Liderança e Resiliência. Atualmente, Stern trabalha ativamente no Desenvolvimento e Assistência Técnica da Unigel, empresa de especialidades químicas, fertilizantes, plásticos e embalagens.

 

Outros nomes de destaque da programação são o diretor-presidente da 3M do Brasil, José Varela, a diretora de RH Estratégico da CPFL Energia, Silvia Ziwi, a professora da Fundação Dom Cabral, Kedma Mano do Nascimento, e o presidente da ABRH-SP Almiro dos Reis Neto.

 

Inscrições: [email protected] ou (19) 3887-1551

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 08 de junho de 2014

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TEMAS EM DEBATE: Mentoring: ferramenta para acelerar o desenvolvimento

Aguardada há meses, a palestra de Rosa Bernhoeft lotou o auditório da sede da ABRH-SP, na última quarta-feira. Especialista em mentoring e autora do livro Mentoring – Abrindo horizontes, superando limites, construindo caminhos, essa peruana de Lima, radicada em São Paulo, é referência sobre o assunto, ao qual se dedica há 15 anos.

Segundo Rosa, o mentoring tem como pilares o mentor e o mentorado. O primeiro é alguém experiente escolhido pelo mentorado para lhe transferir conhecimentos. Entre eles estabelece-se, então, uma troca e um compromisso de evolução e desenvolvimento na carreira de ambos, pois o mentor também será beneficiado pelo desafio de atualização que vem de seu mentorado.

Rosa destaca que a relação que se cria é baseada em dois pontos fundamentais: um acordo de confidencialidade, que garante sigilo absoluto nas conversações, e a intenção de verdadeiramente crescerem juntos e gerar novos conhecimentos. “Ambos vão formando uma cultura de conversação construtiva e de confiança. É uma parceria para resultados de vida e carreira, que possibilita abrir horizontes, construir caminhos e superar limites.”

Para a especialista, a ferramenta torna-se cada vez mais necessária para a sobrevivência plena das organizações que precisam acelerar o desenvolvimento, a adesão e a permanência das pessoas em seus quadros.

Fonte: O Estado de São Paulo – 08 de junho de 2014

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GESTÃO: Trabalho a distância beneficia empresas, colaboradores e a mobilidade urbana

Apesar da falta de uma legislação mais ampla, que regulamente o trabalho a distância e garanta a segurança jurídica para os empregadores, a adoção dessa modalidade de trabalho pelas empresas tem trazido ganhos de produtividade, maior satisfação dos colaboradores e redução de custos relacionada a gastos com transporte, viagens e espaço físico, além, é claro, de contribuir efetivamente para a solução dos entraves e problemas de mobilidade que atingem os grandes centros urbanos.

Essas foram as principais conclusões do I Fórum ABRH-Nacional de Teletrabalho, promovido nos dias 29 e 30 de maio, no auditório da Editora Abril, na capital paulista. Realizado pela ABRH-Nacional, o evento teve apoio da ABRH-SP e da Sobratt – Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades.

O fórum contou com depoimentos de representantes de organizações (públicas e privadas) que já há algum tempo implantaram o teletrabalho. Eles apresentaram os resultados de pesquisas dando conta do elevado nível de satisfação dos colaboradores, e, adicionalmente, do aumento expressivo de produtividade. Um exemplo foi o painel de cases práticos com a participação de Silvio Paciello, diretor de RH da Cisco, e Eduardo Martins, diretor de RH no Brasil e diretor de Remuneração para América Latina da Philips.

“Eles mostraram resultados efetivos tanto para a empresa quanto para os colaboradores, que estão mais produtivos, engajados e felizes com a melhor organização da vida pessoal, familiar e social”, resume a vice-presidente de Conhecimento e Aprendizagem da ABRH-SP, Edna Bedani, que mediou o painel e contribuiu para a organização do fórum. “Também ficou muito clara na apresentação dos cases que a relação de confiança entre empresa/liderança e equipes é fundamental para o sucesso desse modelo de trabalho.”

Legislação

Uma parte importante do fórum foi dedicada à discussão das questões legais e sindicais do trabalho a distância. “Diferentemente do que ocorre em vários países, não há hoje no Brasil uma lei específica sobre teletrabalho, entretanto, a jurisprudência sobre o tema também é pouca, com raros casos submetidos a processos trabalhistas”, avalia Carlos Silva, diretor Jurídico da ABRH-SP, que também participou da organização do evento.

Silva mediou o painel exclusivo sobre leis análogas, jurisprudência e direito comparado com a participação de Wolnei Tadeu Ferreira, diretor Jurídico da ABRH-Nacional e coordenador geral do fórum, e o advogado trabalhista Luiz Otávio Camargo Pinto. “Eles pormenorizaram os projetos de lei em tramitação no Congresso Nacional, sendo merecedor de destaque o PLS 274/2013, de autoria do senador Rodrigo Rollemberg, projeto sobre o qual o Corhale – Comitê RH de Apoio Legislativo, mantido pela ABRH-SP e a ABRH-Nacional, já manifestou total apoio por constituir-se em um verdadeiro ´manual´ sobre o teletrabalho”, avalia Silva.

Ainda sobre a legislação, o fórum teve a apresentação de Antonio Neto, presidente do SindPD (sindicato dos trabalhadores de processamento de dados de São Paulo), que falou sobre os cuidados para adoção do teletrabalho. Ele lembrou que, há anos, a convenção da categoria contempla cláusulas que regulam a forma de implantação da modalidade.

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 08 de junho de 2014

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ESPAÇO DA FÊNIX: As discussões de junho para o RH

As próximas semanas serão muito importantes para o cenário esportivo, cultural e socioeconômico brasileiro. Apesar de toda a (relevante) discussão sobre a realização da Copa do Mundo, é inegável que o esporte (como negócio e como metáfora) pode ser muito positivo para o desenvolvimento das empresas no mercado corporativo.

Nessa esteira, a edição de junho da revista profissional&negócios traz uma matéria exclusiva sobre as lições que o esporte pode promover no ambiente de trabalho. Levando em consideração a psicologia esportiva, a matéria analisa a aplicação dos conceitos vencedores dos grandes esportistas em conceitos de teambuilding, engajamento, atração de talentos e desenvolvimento de lideranças.

A edição também traz como matéria de capa uma análise sobre as tendências inflacionárias e o reflexo na economia das empresas brasileiras. Pesquisas apontam que, mesmo com a incerteza acerca do cenário, os reajustes devem ter um acréscimo de 10% a 20% em 2014 nas empresas.

Outro destaque da revista fala sobre o número cada vez maior de profissionais com a chamada “síndrome do impostor”. Coachs explicam o porquê de o indivíduo não conseguir acreditar em seu sucesso como resultado de inteligência, competência e habilidade pessoal, e dão dicas de como sair desse ciclo. Vale conferir!

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 1 de junho de 2014

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TEMAS EM DEBATE: Rosa Bernhoeft fala sobre mentoring na ABRH-SP

Poderosa ferramenta de desenvolvimento, o mentoring tem como proposta compartilhar expertise entre o mentor, um profissional experiente, e o mentorado, alguém que está em uma fase inicial da carreira. Seus objetivos podem ser potencializar a sabedoria gerencial instalada nas pessoas e organização, acelerar a maturidade profissional e pessoal, perpetuar a cultura organizacional e formar futuros líderes.

Para aprofundar as discussões sobre o mentoring e seus benefícios, a ABRH-SP promove nesta quarta, das 13h30 às 16 horas, palestra sobre o tema com a consultora Rosa Bernhoeft. “Pretendo mostrar como as empresas podem utilizar a experiência de seus colaboradores para impulsionar a criatividade e a inovação, consequentemente, aumentando a competitividade”, adianta Rosa, que é autora do livro Mentoring – Abrindo horizontes, superando limites, construindo caminhos.

Inscrições: (11) 5505-0545 ou [email protected]

Fonte: O Estado de São Paulo – 1 de junho de 2014

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DIA DO ADMINISTRADOR DE PESSOAL: Parabéns aos profissionais da área!

Faz tempo que o termo administrador de pessoal já não condiz mais com a gestão de pessoas, mas a data dos profissionais da área, comemorada nesta terça, 3 de junho, continua levando esse nome. Que a área evoluiu muito nas últimas décadas, todo mundo sabe. Mas o que poucos sabem é que a proposta de ter um dia comemorativo para o administrador de pessoal surgiu na própria ABRH-SP.

Foi durante a cerimônia da inauguração da antiga sede da entidade, na histórica Alameda Barros, no dia 26 de julho de 1976, que Genézio Lucone, um dos fundadores da associação, fez um discurso festejando o novo espaço e sugerindo que aquela data fosse escolhida como o Dia Mundial do Administrador de Pessoal. A proposta foi acatada, mas a data ficou sendo 3 de junho, dia da fundação da Fidagh – Federación Interamericana de Asociaciones de Gestión Humana, celebrado até hoje.

 

Fonte: O Estado de São Paulo – 1 de junho de 2014

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DESENVOLVIMENTO: Os novos desafios para a carreira

“Atualmente, a carreira é a principal área de pesquisa em gestão de pessoas, tanto para atender às demandas quanto às suas novas aplicações no mundo.” Foi com essa frase que a professora da FEA/USP, Tania Casado, abriu a palestra que apresentou sobre o tema na última quarta, na sede da ABRH-SP. Doutora em Administração, Tania é uma das principais pesquisadoras do assunto no Brasil. É ela quem coordena o Programa de Orientação de Carreiras da FEA/USP e o Centro de Carreiras da FIA.  

A palestra teve como foco inicial a evolução dos modelos de gestão de pessoas e as mudanças para as carreiras dos anos 1970 até hoje. “A partir dos anos 2000, jogamos fora tudo o que aprendemos sobre o tema”, explicou. Embora sejam dos anos 1990, hoje os conceitos mais utilizados são os de carreiras sem fronteiras físicas, temporais e psicológicas e carreiras inteligentes. “A carreira não é mais para cima ou para a frente. Nosso dilema hoje é tempo”, refletiu.

Em relação ao papel da área de Recursos Humanos na evolução da carreira dos colaboradores das empresas, este deve ser no sentido de prover desafios, informações e recursos para os funcionários, afirmou Tania.

Fonte: O Estado de São Paulo – 1 de junho de 2014

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ARTIGO: Os limites da desordem e as greves brasileiras

O título acima parece paradoxal, pois a desordem, por princípio, não tem ordenação nem parâmetro, muito menos limites. Exatamente por isso é desordem. Não se espera que durante um movimento sindical reivindicatório, como em negociações salariais, tudo transcorra de forma hermética e controlada. Por vezes, as coisas saem de fato do controle. Mas mesmo para essas “coisas” tem que haver limites.

Limites que, no caso das greves de transportes públicos ocorridas recentemente em vários Estados da federação, extrapolaram em muito o razoável. Impossível aceitar as ocorrências havidas e os custos colocados nas costas de outros trabalhadores e da sociedade como um todo.

O que ocorreu permitiria que fizéssemos inúmeras indagações e questionamentos, mas fiquemos apenas num item: responsabilidade. Quem responde ou responderá pelas consequências produzidas? A quem responsabilizar? Como e quanto cobrar pelos transtornos e prejuízos produzidos? Como repassar os valores cobrados àqueles que sofreram os prejuízos?

Cada vez mais as greves acontecem porque respostas a essas questões nunca são dadas. Muito menos cobradas pela sociedade e pelos órgãos de controle. Os participantes do processo de negociação, os sindicatos, os administradores públicos municipais, os operadores do direito, têm tido ações que se distribuem entre improdutividade, irresponsabilidade e politicagem. E ficamos apenas nisso.

Vejamos como exemplo o caso da greve em Salvador encerrada em 28/5. Entre o que havia sido fechado em mesa de negociação pelo sindicato patronal e profissional e o que promoveu o encerramento da greve selvagem foi uma diferença de R$ 2,00 no valor do vale-refeição! É possível aceitar um prejuízo produzido contra 1,5 milhão de cidadãos por conta de R$ 2,00? É evidente que o modelo de negociação existente e praticado está falido. A sistemática usada não mais atende às necessidades de empresários e empregados. Se não houver remodelação, continuaremos a assistir a minorias ditando regras ou vontades para toda uma sociedade e ficar por isso mesmo.

Legislação não falta. Aliás, temos leis em demasia. Órgãos de controle não faltam – Justiça do Trabalho e suas várias instâncias, Ministério Público do Trabalho, etc. Mas nada disso opera no sentido de solucionar ou resolver pendências. O grande risco é assistirmos inertes à falência do processo de negociação. Hoje em dia, poucas coisas funcionam, e o que é pior, a um custo exorbitante a ponto de exigir de cada brasileiro cinco meses de trabalho para pagar sua conta com o estado!

A questão, portanto, nos parece estar no controle político do processo. A sociedade civil tende a ser mera bucha de canhão e apenas paga e paga sem saber para onde vai o dinheiro. O mundo sindical, juntamente com a classe política, pouco tem contribuído para a construção de algo efetivo para o aperfeiçoamento da sociedade. Eles objetivam, ao final, a sua própria sobrevivência. A Nação é mero detalhe.

Não é possível mais conviver com esse estado de coisas. As pesquisas de opinião recentemente divulgadas exibem um enorme contingente exigindo mudanças; as manifestações estão aí, em toda a parte.

Há que se mudar urgentemente o modelo negocial, e incluir efetivamente a categoria e demais envolvidos. Deve-se buscar serenamente o entendimento, afinal é para isso que se sentam à mesa e iniciam as negociações, ou haveria outros objetivos ocultos?

Temos visto um cenário em que as partes concluem as negociações, apertam as mãos, assinam o acordo ou convenção e, estranhamente, surgem as greves, rechaçando o que acordado em exaustivas reuniões. A permanecer como estão caminhando as coisas, em breve será decretada a falência, a morte do processo negocial. 

Há também que se disciplinar rápida e firmemente a legislação sobre greve no setor público. Criar mecanismos mais eficazes de sanção a entidades e representações que desrespeitem valores e princípios de convivência social mais respeitosa. Para isso é urgente que separemos o joio do trigo. Bandidos de um lado, mocinhos de outro.

É preciso que o mundo civilizado se imponha à barbárie que reina no cotidiano brasileiro. É preciso que se imponham limites à desordem, ainda que possa parecer contraditório.

Por Mário Bittencourt, integrante do Corhale – Comitê RH de Apoio Legislativo, mantido pela ABRH-SP em parceria com a ABRH-Nacional


Fonte: O Estado de São Paulo – 1 de junho de 2014

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