Após aproximadamente três décadas desde que Dave Ulrich criou o conceito de Business Partner (BP), empresas dos mais variados portes e segmentos ainda “patinam” sobre qual o melhor modelo para atender às necessidades internas corporativas.
Para aquelas que de alguma forma já consolidaram o conceito e a cultura dentro da organização, porém, surge o desafio de ir além, ampliando as iniciativas de RH, entendendo o que mais pode ser feito como fator agregador para os negócios, consolidando cada vez mais essa parceria.
A prática constante de “olhar para dentro de casa”, revisar cultura, clima, processos e o design organizacional, torna-se fundamental para se antecipar às tendências de mercado e preparar-se para o futuro, agora!
As empresas que têm adotado o conceito e o formato de consultoria interna – BP para a área de Recursos Humanos – entenderam que necessitam estar em mesmo grau de alinhamento estratégico junto às perspectivas do negócio e em sintonia com desenvolvimento e evolução de todas as outras áreas da empresa.
Com essa vontade de alçar voos de maior amplitude, contribuir e alavancar o crescimento da empresa, criando novas ferramentas que possam ser úteis para acompanhar a velocidade e o surgimento de novas soluções, de forma mais abrangente ao mesmo tempo que inovadora, tem sido o foco destes RHs que buscam assegurar boas práticas na gestão de pessoas. Mas, para acompanhar e fazer a diferença, o RH tem um desafio constante orientado às permanentes mudanças, à sobrevivência, às vulnerabilidades e incertezas.
Assim, podemos afirmar que toda evolução depende da “visão no horizonte”, mais amplo, essencialmente, na busca constante e incansável com foco em todas as áreas da empresa, contribuindo para torná-la bem-sucedida, referência em seu mercado, em suas ações valorosas, que façam sentido e tragam bem-estar aliado a ótimos resultados, contributivos e sustentáveis.
Dessa forma, os atributos atuais que compõem a posição de Business Partner vão além de ser a interface estratégica na busca da inovação, do fortalecimento dos objetivos comuns e da ampliação de relacionamentos e engajamento interáreas, mas que também possam trazer equilíbrio nas práticas cotidianas de longo prazo através de atitudes e ações saudáveis, em que de fato a reputação da marca possa ser expressa com excelência, unindo o ambiente e as pessoas.
Nessa linha, falar de 2018 significa buscar os avanços em todas as ações, práticas e uso de ferramentas e tecnologias que possam aproximar a chamada “Gestão Eficaz” da visão mais ampla, identificando oportunidades e o olhar para a perpetuidade dos negócios, com o fortalecimento das pessoas para essa condução.
Uma questão se faz presente – e você, Consultor Interno de RH – Business Partner, dentre seus desafios, o que pretende incluir em sua agenda para 2018?
Por Viviane Pereira Machado, participante do Grupo de Estudos de Consultoria Interna, de São Paulo (SP)
Nesta edição, o jornal Gestão de Pessoas publica dois artigos produzidos por integrantes dos Grupos de Estudos da ABRH-SP
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Author: abrhsp
Trilhas de Aprendizagem por Competências
Você já parou para refletir que, diante da realidade de equipes multigeracionais que compõem muitas organizações, da necessidade de uma prática na gestão de pessoas mais assertiva e até mesmo diante de orçamentos mais enxutos para Planos de Capacitação, é momento de pensar e repensar muitas práticas de T&D e Educação Corporativa?
Uma das melhores formas para isso é incorporar a importância das Trilhas de Aprendizagem. Este enfoque para programas de desenvolvimento de equipes, em todos os níveis hierárquicos, poderá ser traçado no tempo e conveniência da empresa, otimizando os investimentos em capacitação e tornando o processo de aprendizagem e desenvolvimento realmente efetivo e sustentável.
As Trilhas de Aprendizagem por Competências evidenciam um contraponto às grades tradicionais de treinamento e desenvolvimento, oferecendo uma variedade maior de recursos de aprendizagem. São compostas de caminhos flexíveis para propiciar o desenvolvimento das pessoas. A flexibilidade está relacionada a efetivas abordagens metodológicas, compostas por novas formas de aprendizagem, as quais facilitam o processo de gestão do conhecimento.
Por serem um processo integrado e sistemático de ações de desenvolvimento, as trilhas recorrem a formas múltiplas de aprendizagem para o desenvolvimento de determinadas competências requeridas para o desempenho dos diferentes níveis e espaços ocupacionais. Com as trilhas de aprendizagem, o caminho do desenvolvimento fica mais diversificado.
A partir desse contexto, o foco da Educação Corporativa passa a ser outro: em vez de cursos e programas isolados, o objetivo é desenvolver profissionais de uma maneira sistêmica e alinhada às necessidades de desempenho profissional, às estratégias do negócio e às consequentes entregas esperadas pela empresa.
Premissas das Trilhas de Aprendizagem por Competências:
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- Visão clara das competências necessárias.
- Nivelamentos dos conhecimentos necessários.
- Ambiência de aprendizagem contínua.
- Potencialização do processo de aprendizagem.
- Diferentes estímulos para aprendizagem.
- Estímulo constante ao desenvolvimento profissional.
Fonte: O Estado de São Paulo, 07 de Janeiro de 2018.
Associados da ABRH-SP têm acesso a benefícios que contribuem para o desenvolvimento profissional
Entre os diversos benefícios que a ABRH-SP proporciona a seus associados, tanto Pessoa Física como Pessoa Jurídica, vários possibilitam o desenvolvimento e aperfeiçoamento profissional. Um dos mais atraentes são os descontos substanciais que facilitam as inscrições no CONARH – Congresso Nacional sobre Gestão de Pessoas, evento promovido anualmente pela ABRH-Brasil com a copromoção institucional da ABRH-SP, que acontece em agosto na capital paulista.
Os associados também têm ótimos descontos nas inscrições do CONALIFE, o Congresso Nacional de Liderança Feminina que terá sua terceira edição realizada em 24 de maio. Organizado em parceria com a ONU Mulheres, o evento da ABRH-SP já se tornou uma referência nos debates sobre a equidade de gênero no Brasil e vai acontecer em novo local na capital paulista: o Hotel Unique, referência em luxo e design da cidade.
A lista de benefícios para o desenvolvimento profissional continua. Os Grupos de Estudos, atividade exclusiva para os associados que completou dez anos ininterruptos no ano passado, reúnem os profissionais de Recursos Humanos para debaterem os temas do momento e as tendências em gestão de pessoas, utilizando a andragogia como metodologia.
Há ainda palestras e debates gratuitos para os associados, promovidos periodicamente tanto na sede como pelas Regionais; os descontos em cursos e eventos de instituições e escolas renomadas que são parceiras da ABRH-SP; os workshops (com descontos que valem muito a pena para quem é associado); e a assinatura gratuita de revistas, além do desconto na compra de livros e vídeos.
Para saber mais, consulte a tabela de benefícios completa no site: https://abrhsp.org.br/compare-as-categorias/
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Gestão do Conhecimento na organização
Nossa realidade tem mudado constantemente com o passar dos anos e cada vez mais as empresas precisam acompanhar esse ritmo acelerado de mudanças, em que o conhecimento é parte das organizações e cabe a elas cuidarem do capital humano que detém esse diferencial. É imprescindível que a empresa fomente uma cultura na qual priorize o aprendizado e enraíze valores coerentes com aquilo que a organização busca no médio e longo prazo, visando, assim, ao equilíbrio entre seus colaboradores e suas estratégias organizacionais.
A velocidade das transformações tecnológicas e as alterações nas condições de vida têm afetado profundamente o conjunto de expectativas das pessoas na sua relação com as organizações e com seu trabalho, tais como:
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- Pessoas cada vez mais conscientes de si mesmas e, por consequência, mais mobilizadas pela autonomia e liberdade em suas escolhas de carreira e de desenvolvimento profissional;
- Pessoas mais atentas a si mesmas em termos de sua integridade física, psíquica e social, que cultivam a cidadania organizacional e exercem maior pressão por transparências na relação da empresa com elas;
- Pessoas com expectativas de vida maior, ampliando seu tempo de vida profissional ativa; como decorrência disso, há maior exigência de condições concretas para o contínuo desenvolvimento.
Fonte: O Estado de São Paulo, 31 de Dezembro de 2017.
Grupos de Estudos – Será?
Na atualidade em que as informações estão disponíveis para todos e a todo o momento, participar de grupos de estudos pode parecer um desperdício de tempo. Mas será que é isso mesmo?
Podemos definir grupo de estudos como um grupo de pessoas que se reúnem com regularidade para discutir, aprofundar, aprender, e até gerar novos conhecimentos/conteúdo, sobre um determinado tema de interesse. A participação em um grupo de estudos deve ser espontânea e a vontade de compartilhar e se dedicar, verdadeira. A figura de um facilitador pode ajudar o grupo em termos de organização e identificação de possibilidades de ações de aprendizagem.
Estamos saindo da era do conhecimento para entrar na era da sabedoria. O que isso significa?
O conhecimento é formado pelo acúmulo de estudo e vivências, é algo que buscamos no mundo exterior e trazemos para nós. Já a sabedoria é resultado de um processo de elaboração interna do conhecimento e das experiências, que gera uma nova forma de pensar e agir no mundo. Um grupo de estudos pode contribuir para a ampliação da sabedoria, uma vez que apoia a elaboração e internalização do conhecimento por meio da construção colaborativa.
Devemos buscar formas de aprendizagem que estejam em linha com a busca da sabedoria, ou seja, que facilitem nosso crescimento como pessoas e uma ação no mundo mais equilibrada.
Segundo a andragogia, o ser humano adulto não é uma página em branco, já possui conhecimento acumulado e qualquer proposta de aprendizagem de adultos deve levar isso em conta. Nesse caso, um grupo de estudos propicia a oportunidade de cada membro contribuir com suas possibilidades já construídas e trazer para o grupo seu conhecimento e sabedoria prévios.
Alguns benefícios proporcionados por fazer parte de um grupo de estudos:
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- Aumento da motivação: o grupo pode ser fator de incentivo e motivação para aprofundamento em um tema de interesse e também para apoiar a prática de novas formas de aplicação do conhecimento.
- Propicia disciplina: o fato de ter reuniões periódicas e datas definidas para a evolução do aprendizado contribui para que o aprendizado evolua.
- Facilitação do aprendizado: ter como integrantes pessoas com diferentes níveis de conhecimento sobre o tema ajuda o grupo a fazer questionamentos que ampliem a visão. Além disso, ter um dos participantes na figura de facilitador garante que alguém se preocupe em propiciar metodologias de estudo que contribuam para o aprendizado.
- Liberdade de escolha: o grupo tem total liberdade para encaminhar os estudos de acordo com seu interesse e motivação e redirecionar sempre que necessário.
- Multiplicidade de visões: pessoas diferentes trazem visões diferentes e isso engrandece cada um dos participantes.
- Criação de rede de conhecimento: propicia o estabelecimento de rede confiável de apoio e troca de conhecimentos.
- Dependência positiva: os participantes dependem uns dos outros para que a aprendizagem aconteça. Cada individuo traz força para o grupo.
- Responsabilidade individual: cada participante deve individualmente cumprir com os combinados do grupo (tarefas, atividades, pesquisas).
- Interação construtiva: a participação de todos estimula a evolução dos estudos. Concordâncias e discordâncias são fundamentais para atingir os resultados.
- Habilidades sociais: os membros constroem uma relação de confiança, que favorece o avanço e crescimento do grupo.
Fonte: O Estado de São Paulo, 31 de Dezembro de 2017.
Ribeirão Preto lança Grupo de Estudos sobre a Reforma Trabalhista
A Regional Ribeirão Preto da ABRH-SP lança nesta terça, a partir das 19 horas, na Faculdade Reges, o Grupo de Estudos sobre o tema Reforma Trabalhista. O evento contará com a participação de Marcelo Braghini, advogado e professor de Direito do Trabalho e Processo do Trabalho da Unaerp. Ele vai falar sobre os impactos da reforma trabalhista nas práticas salariais.
Já em 6 de dezembro, a Regional promove uma palestra sobre o e-Social com Marcello José Pinho Filho, advogado, especialista em orientações trabalhistas preventivas e representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) no Grupo de Trabalho Confederativo do e-Social. O evento também está programado para as 19 horas, na Faculdade Reges.
Inscrições: (16) 3623-3051 ou [email protected]
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O e-Social depois da reforma trabalhista
Por meio do CORHALE, a ABRH-SP promoveu na manhã da última terça, na sua sede, a palestra “O e-Social frente à reforma trabalhista”, com o diretor na Grant Thornton Brasil, responsável pelas práticas de auditoria e consultoria nas áreas trabalhista e previdenciária, Alberto Procópio. Após a apresentação, ele participou de um debate sobre o tema com os integrantes do CORHALE: Carlos Silva (coordenador), Wolnei Tadeu Ferreira, Orlando Lopes e Luiz Carlos Andrade.
Procópio iniciou a palestra lembrando que a edição, no dia 14 deste mês, da Medida Provisória que complementou as mudanças propostas pela reforma trabalhista, foi mais uma das transformações da área ocorridas neste ano e que começaram com a Lei da Terceirização, em vigor desde março. “No âmbito do e-Social também houve mudanças recentes, como o lançamento do ambiente de testes e da última versão do manual, respectivamente em agosto e setembro deste ano.”
Ele lembrou que o e-Social tem três grandes grupos de informação: eventos (tabelas) iniciais, eventos não periódicos e eventos periódicos, sendo que cada um dos itens de cada evento tem um prazo específico. “Basicamente, as empresas têm eventos para encaminhar ao sistema todos os dias.”
Segundo Procópio, várias mudanças da reforma trabalhista têm impacto em eventos específicos do e-Social, a exemplo do fracionamento das férias em até três vezes, a regularização do trabalho intermitente, a possibilidade de negociação individual, o banco de horas e as condições de trabalho para gestantes e lactantes.
“Por todas essas complexidades, temos orientado as empresas a fazerem um diagnóstico sobre o e-Social, o compliance das informações a serem prestadas, o mapeamento e revisão dos processos e a conscientização sobre o e-Social. Essa postura muda aquela ideia de que o RH tem de ajudar todo mundo, mas ninguém ajuda o RH”, concluiu Procópio.
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